Nunca é fácil iniciar um processo terapêutico. Mas recordo me bem da sensação de desespero em querer sair do meu estado depressivo. Precisava de ajuda e eu queria essa ajuda. Quando iniciei o processo foi muito difícil emocionalmente e fui invadida por sentimentos de ansiedade, culpa, vergonha e vontade de desvalorizar as minhas emoções. Era mais fácil desistir, mas apesar da adversidade mantive-me no percurso e com a ajuda da psicóloga fui me sentindo cada vez mais à vontade, mais aceite, mais apoiada. Demorou alguns meses até começar a sentir diferenças significativas, contudo sentia-me muito apoiada em consulta e persisti. Ainda bem que o fiz. Houveram dias que não me apetecia ir, e que até sentia que não iria ter nada para falar, no entanto era das vezes que eu avançava mais no meu percurso de autodescoberta.
Com a minha terapeuta, aprendi que feridas emocionais são como feridas físicas. É preciso mexer no ferida para cura-la, e embora doa e demore a cicatrizar, vale a pena porque tudo o que fica é a lembrança que somos capazes de regenerar.
Uma conquista pessoal é saber que sempre que precisar tenho um espaço seguro onde posso recorrer sempre que eu ache necessário. Aprendi que o difícil é iniciar o processo terapêutico. Mas vale a pena, vale sempre a pena.

Reconheco-me, conheço-me e valorizo-me. Conheço os meus pontos fortes e fracos e sei onde me alavancar. O meu conhecimento de mim mesma permite-me chegar agora confiante para a próxima etapa da minha vida.
Hoje sinto-me imparável e consciente de que o limite para a minha vida é aquele que eu definir, mas sei que sem limites de potencialidade ela poderá ser tudo e muito mais do que aquilo que eu sonhar e planear para alcançar. Tudo isto devo à Sandra e ao trabalho que desenvolveu comigo e as ferramentas que me deu em cada sessão. Sei que sem a sua ajuda preciosa não teria chegado aqui.